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Igualdade e equidade são palavras que carregam uma grande responsabilidade por quem as toma como objetivo a ser implementado como práticas para políticas inclusivas dentro das empresas. Assim, entender que elas não são sinônimos e conhecer o significado de cada uma, é essencial para aplicá-las de forma correta e não soar oportunista no campo em que atua.

Nesse sentido, o presente artigo vai elucidar ambos os conceitos, apresentando as diferenças e em que contexto cada um pode ser empregado, além de trazer dicas valiosas sobre como podemos promover equidade dentro da empresa com ações efetivas e permanentes.

Boa leitura.

O que é igualdade e equidade?

Igualdade

A ideia de igualdade parte da premissa que todas as pessoas devem ser tratadas igualmente, tendo acesso aos mesmos recursos e direitos. Nesse caso, portanto, a diferença entre as pessoas não conta, uma vez que todos são tratados como iguais.

A problemática deste tipo de conceito é que ele ignora, justamente, a diferença entre as pessoas, indo em movimento contrário ao que pregam as políticas inclusivas, por exemplo.

Imagine que em uma empresa com um cadeirante, o acesso se dá igualmente por escadas sem nenhum tipo de recurso que auxilie o cadeirante a subi-las, pois ele é colocado em par de igualdade com os colegas não-cadeirantes.

Ou seja, embora na teoria ela possa funcionar bem (de dar a todos as mesmas oportunidades), quando olhamos para as particularidades de cada um, esse conceito se mostra limitador.

Equidade

Já a equidade tem uma noção de justiça mais apurada e direciona a ambientes com que conseguem identificar as diferenças e dão condições para que cada colaborador em sua particularidade tenha condições de exercer suas funções.

A equidade, portanto, oferece às pessoas recursos para que elas tenham acesso às oportunidades e possam atuar de forma autônoma, possam ir e vir e se comunicar, promovendo, assim, os direitos que lhes são garantidos constitucionalmente.

No exemplo do cadeirante, em uma empresa que pratica equidade haverá escada e rampas de acessos. Dessa forma, todos conseguem chegar nos mesmos locais sem nenhum obstáculo maior para um ou para outro.

A diferença entre igualdade e equidade

Como vimos, a diferença entre os dois termos reside na forma como eles lidam com a diferença entre pessoas. 

Enquanto a igualdade ignora a diferença e busca colocar todo mundo dentro da mesma caixinha, a equidade compreende que as pessoas não são iguais e nem todos têm as mesmas condições de acesso a uma série de serviços essenciais, pelas mais distintas razões: social, econômica e de acessibilidade.

Dessa forma, dentro da estrutura empresarial é importante que as empresas foquem em políticas que promovam equidade, oferecendo recursos para que todos seus colaboradores e funcionários tenham oportunidade de executar suas atividades plenamente e com autonomia.

Como promover a equidade dentro do ambiente corporativo?

Como mencionamos, os termos são usados sem compatibilidade com o que se pratica dentro das organizações. Inicialmente, precisamos compreender que a promoção de equidade deve ser estrutural e permanente, integrando-a à cultura organizacional da empresa.

Assim, a responsabilidade social da empresa em incluir pessoas com deficiência, por exemplo, não será vista de forma oportunista ou como recurso para apenas cumprir a lei.

Mas como podemos promover e tornar a empresa que gerenciamos inclusiva e com equidade? Existem alguns recursos, metodologias e práticas que podem ser facilmente empregadas na empresa para mudar a rotina da organização em prol de uma cultura verdadeiramente de equidade.

Veremos mais a seguir:

Usar a tecnologia a favor

É possível encontrar no mercado, empresas que fornecem uma série de soluções que eliminam a barreira da comunicação. São as chamadas tecnologias assistivas que compreendem também recursos como softwares de tradução de libras, produção de legendas para surdos, leitor de texto para pessoas cegas, entre outras possibilidades.

Assim, a empresa deve adotar tais tecnologias de acordo com a necessidade do colaborador e oportunizar que ele exerça suas atividades de forma produtiva, sem depender de outras pessoas para isso, valorizando suas competências e gerando autonomia.

Lideranças inclusivas

Como dissemos, a cultura da equidade deve perpassar toda a empresa, fazer parte de seus valores. Assim, de nada adianta os investimentos em tecnologia se não se investir no recurso humano. 

Cabe, portanto, treinar os líderes de equipes para que estes realizem uma gestão inclusiva e que respeite as diferenças dos colaboradores. Com isso, temos uma gestão humanizada e pautada no princípio da equidade e da diversidade.

Ressalta-se também que confiar cargos de liderança a pessoas com deficiência, ou minorias, também é uma forte política de inclusão e equidade, valorizando o profissional e dando a eles condições de serem líderes na organização.

Igualar salários e estimular o protagonismo

É muito comum que empresas deleguem funções operacionais e de baixa remuneração para as pessoas com deficiência, por vezes pagando menos do que a própria categoria recebe. Além de caracterizar como capacitismo, o desnivelamento do salário é uma infração à própria lei trabalhista.

Assim, equipare os salários devidamente de acordo com a função e oportunize que o profissional possa progredir dentro da própria empresa, incluindo-os nos planos de carreira.

Promover programas de desenvolvimento

Para a progressão de carreiras, a empresa deve investir em capacitação, formação ou atualizações. Assim, além do profissional se sentir valorizado, a empresa ganha mão de obra qualificada e engajada, diminuindo a rotatividade nas equipes.

Eduque os demais colaboradores

Um dos grandes desafios na implementação da equidade diz respeito também ao convívio com os colegas de setor. Surdos, por exemplo, podem ser excluídos de relações formais e informais dentro da empresa, pelo simples fato dos colegas ouvintes não saberem dialogar com os surdos.

Compete à empresa, além de fornecer as tecnologias assistivas que promovam a comunicação, realizar treinamentos contínuos para aproximar ouvintes e não-ouvintes, integrando-os de forma mais efetiva.

Conclusão

Embora a equidade seja o princípio que mais se adeque à questão, existem outros públicos que são contemplados com políticas de promoção da igualdade, como os lgbtqia+ e mulheres, estas historicamente apagadas de um protagonismo corporativo em função de uma cultura patriarcal que ainda impera em muitos empreendimentos.

Aqui, cabe pensar em práticas que promovam a igualdade de gênero, desde a ocupação de cargos de liderança por mulheres e lgbtqia+ e igualdade salarial para quem tem as mesmas atribuições.

Portanto, a empresa deve avaliar seu público interno, o corpo de funcionários, conversar, criar comissões de diversidade e elaborar estratégias e adotar ferramentas que melhor se adequem à realidade deles. A promoção do diálogo é também fundamental nesse sentido.

Após toda essa reflexão sobre como podemos tornar nossa empresa com práticas de equidade e igualdade, que tal verificar se sua empresa é realmente inclusiva?

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Especialista em Acessibilidade, ICOM

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