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O recrutamento remoto inclusivo é uma prática que vem ganhando destaque no cenário corporativo brasileiro como uma estratégia essencial para promover a diversidade e a equidade no mercado de trabalho.

Com o avanço tecnológico, é possível recorrer à estratégia com o intuito de facilitar o acesso ao recrutamento, promovendo uma interação na qual o recrutador poderá avaliar as capacitações de cada candidato.

Afinal, apesar das mais de 63 mil contratações de pessoas com deficiência no Brasil em 2025 segundo dados do eSocial, ainda existem muitos cargos para ocupar. Uma vez que, apenas 54% das vagas de cotas estão preenchidas, o que demanda esforços das empresas em busca de realizar recrutamento inclusivo, visando preencher os cargos.

Diante de um cenário desafiador de preencher as vagas visando respeitar a Lei de Cotas, nós trouxemos orientações detalhadas sobre como promover um processo seletivo inclusivo em sua organização e dicas sobre o que evitar.

O que é um processo seletivo inclusivo?

Um processo seletivo inclusivo é aquele projetado para garantir igualdade de oportunidades a todas as pessoas, independentemente de características individuais como gênero, idade, raça, deficiência, orientação sexual, origem social, religião ou condição socioeconômica.

Em outras palavras, trata-se de uma forma de recrutamento e seleção que busca eliminar vieses e barreiras tanto conscientes quanto inconscientes que possam prejudicar a participação de determinados grupos.

Para tal, é preciso anunciar as vagas em variadas plataformas usando linguagem acessível. Além de garantir acessibilidade digital e física, tanto na inscrição quanto no processo seletivo para a vaga.

Bem como, é indispensável usar critérios de seleção objetivos e transparentes, que possam contribuir para avaliar as competências de cada candidato que se inscreveu para o processo seletivo.

Todos os recrutadores envolvidos precisam ser treinados para que possam evitar que vieses inconscientes e até preconceitos sutis possam impactar a entrevista. É interessante, inclusive, ter uma equipe de recrutadores diversa envolvida no processo seletivo. Dessa forma, é possível minimizar o impacto de vieses inconscientes.

Qual a importância de tornar entrevistas remotas acessíveis?

A importância de tornar entrevistas remotas acessíveis está em garantir que todas as pessoas tenham as mesmas condições de participação, independentemente de suas limitações físicas, sensoriais, cognitivas ou de acesso tecnológico.

A acessibilidade nas entrevistas virtuais é um pilar central de um recrutamento remoto inclusivo, pois promove equidade, diversidade e representatividade nos processos de seleção.

Dessa forma, a empresa consegue promover a igualdade de oportunidades, utilizando legendas automáticas, intérprete de Libras, contrastes de cores adequados ou compatibilidade com leitores de tela, dependendo das necessidades de cada candidato.

Além disso, a empresa consegue ampliar o alcance, ao eliminar as barreiras comunicacionais e físicas, promovendo ampliação das possibilidades de encontrar profissionais qualificados para a vaga disponível na organização.

O que contribui para que seja possível fortalecer o capital humano, ampliando a diversidade na empresa, aspecto que impacta diretamente na capacidade de inovação e resiliência da equipe.

Com a entrevista remota acessível, a empresa também fortalece sua marca empregadora e melhora a experiência do candidato que não precisa se deslocar até a organização, o que envolve custos e desencadeia a necessidade de enfrentar as barreiras urbanas.

Conte com a plataforma ICOM para tornar suas entrevistas mais inclusivas, eliminando a barreira comunicacional com candidatos surdos e cumpra a Lei de Cotas.

Como posso fazer um recrutamento remoto inclusivo?

Fazer um recrutamento remoto inclusivo significa adotar práticas que garantam equidade, acessibilidade e diversidade em todas as etapas do processo seletivo, desde a divulgação da vaga até a contratação final. Aproveite algumas dicas:

Dica 1 – Planeje o processo com clareza do propósito

Antes de divulgar a vaga, é preciso definir metas claras de diversidade e inclusão para o cargo em aberto. É interessante se perguntar quais são os grupos que estão sub-representados na equipe e quais são as barreiras que podem afastar candidatos desses grupos.

Ter um propósito definido auxilia a desenhar um processo seletivo justo, coerente e alinhado com os valores da empresa. Sabendo que a empresa deseja encontrar candidatos surdos, pessoas com deficiência física ou outro grupo específico, todo o processo seletivo será desenhado para facilitar a contratação.

Dica 2 – Escreva as descrições das vagas

É indispensável usar uma linguagem neutra e acessível, usando termos adequados para que as pessoas consigam compreender todos os detalhes sobre a vaga disponível.

Além disso, é importante evitar linguagem que possa reforçar estereótipos durante a descrição da vaga. Procure fornecer informações objetivas, transparentes e que sejam compreensíveis para o candidato.

Dica 3 – Escolha as ferramentas acessíveis

Ao conduzir processos seletivos online, é importante priorizar o uso de plataformas que sejam compatíveis com tecnologias assistivas. Dessa forma, os leitores de tela, legendas automáticas e tradução em Libras contribuem para um processo seletivo eficaz.

Por meio do uso de ferramentas simples e intuitivas, a empresa consegue ampliar o acesso às vagas, reduzir as barreiras para os candidatos com deficiência e promover um processo seletivo verdadeiramente inclusivo.

Dica 4 – Treine a equipe de recrutamento

Todos os profissionais envolvidos no processo de recrutamento precisam estar devidamente treinados, para que possam adotar as práticas inclusivas de seleção para as vagas disponíveis.

Quando os profissionais conseguem aprender a identificar os preconceitos sutis, é natural que tenham maior facilidade de combater essas condutas, garantindo que possam promover recrutamentos verdadeiramente inclusivos.

Dica 5 – Adapte as entrevistas para as demandas dos candidatos

É necessário oferecer recursos de acessibilidade, como intérprete de Libras, legendas e até mesmo prazos flexíveis para a participação do candidato no processo seletivo.

Para tal, é relevante solicitar que o candidato informe qual tipo de adaptação precisará para participar do processo seletivo. Além disso, certifique-se de que o ambiente de recrutamento será acolhedor e livre de julgamentos.

Dica 6 – Diversifique o grupo de recrutadores

Prefira montar equipes de recrutamento que tenham diferentes perfis, gêneros e origens, para que a pluralidade possa ajudar a minimizar os vieses inconscientes e tornar a seleção mais equilibrada.

Dessa forma, todos conseguem emitir opiniões que são importantes para que seja viável encontrar o melhor candidato para cada vaga disponível na organização.

Quais ferramentas otimizam entrevistas com pessoas surdas?

Para tornar entrevistas remotas realmente acessíveis a pessoas surdas, é importante adotar ferramentas que ofereçam legendas/transcrições, intérpretes de língua de sinais, interface visual clara e opções alternativas de comunicação. A seguir, confira algumas opções:

Com o avanço tecnológico, é possível recorrer a múltiplas ferramentas que otimizam a comunicação com pessoas surdas, viabilizando uma comunicação eficaz.

O que evitar durante uma entrevista remota com uma pessoa surda?

Quando se trata de um entrevistado surdo, é importante adotar algumas condutas que visam promover um ambiente adequado para que a entrevista seja inclusiva de fato. Compreenda algumas condutas que podem ser adotadas durante o processo seletivo:

1.      Falar de forma rápida, confusa ou sobreposta

Falar muito rápido, usar jargões, siglas difíceis de compreender ou até mesmo interromper o intérprete durante a entrevista são condutas que confundem o candidato.

Além disso, também é importante evitar que vários entrevistadores falem ao mesmo tempo. A melhor prática é falar pausadamente, olhando para a câmera e dando o tempo para que a leitura labial ou tradução ocorra.

2.      Deixar de preparar o ambiente com antecedência

É necessário marcar e confirmar a entrevista com antecedência para confirmar se haverá intérprete de Libras, legendas automáticas ou outros recursos de acessibilidade.

Não envie link da reunião de última hora! É importante que o candidato possa acessar e fazer testes para garantir que o sistema funcione conforme o esperado. Confirme antecipadamente a funcionalidade dos recursos e garanta um ambiente acolhedor.

3.      Evite perguntas sobre a deficiência

Jamais faça perguntas sobre a deficiência de um candidato, seja ele surdo, deficiente físico ou tenha alguma outra condição especial, física ou intelectual.

Durante a entrevista o correto é perguntar sobre as habilidades do candidato, como ele pretende executar as atividades e como ele vence desafios, não pergunte como a deficiência impacta a rotina.

4.      Não fale diretamente com o intérprete  

Um erro comum ocasionado por inexperiência é justamente falar diretamente com o intérprete, usando frases como “pergunte ao candidato”. Quando na verdade, o correto é falar diretamente com o candidato.

Além disso, não demonstre impaciência enquanto o intérprete faz a tradução do conteúdo. É necessário promover um ambiente respeitoso e acolhedor, para que o candidato possa desenvolver as respostas por completo.

5.      Não desconsidere os aspectos visuais da comunicação

É muito comum que o recrutador cometa alguns erros por inexperiência, como desconsiderar os aspectos visuais da comunicação. Para evitar isso, não fique em ambientes escuros, com eco e outros fatores que impactam a comunicação.

Jamais tape a boca ou fale virado para outro lado durante a comunicação. Procure falar diretamente com o candidato em ambiente adequado, para que possa facilitar a dinâmica de visualização.

Como o recrutamento remoto inclusivo impacta a cultura organizacional?

O recrutamento remoto inclusivo impacta profundamente a cultura organizacional, pois transforma a forma como as empresas percebem, valorizam e integram a diversidade em seus times. Ao adotar práticas que garantem acessibilidade e equidade durante o processo seletivo, as organizações passam a atrair profissionais de diferentes contextos, enriquecendo o ambiente corporativo.

Além disso, ao utilizar ferramentas acessíveis e critérios objetivos, o foco do processo seletivo passa a ser o potencial e a competência dos candidatos, não estereótipos ou preferências pessoais, é natural que o ambiente seja mais meritocrático.

Aspecto que é importante por transmitir a mensagem de que todos na equipe possuem as mesmas condições de se destacar. Quando uma empresa demonstra, na prática, que valoriza a inclusão e o respeito às diferenças, seus colaboradores se sentem mais acolhidos e motivados a contribuir com autenticidade.

Portanto, é possível elevar o engajamento, melhorar o clima organizacional e diminuir a rotatividade de profissionais na equipe. Ao mesmo tempo, a empresa está reforçando sua marca empregadora, transmitindo a imagem de ser socialmente responsável.

O compromisso com a diversidade desencadeia inovação, possibilitando que a equipe consolide uma cultura organizacional ética, empática e sustentável.

 

Conclusão

Existem muitos desafios que as organizações precisam enfrentar para promover um recrutamento remoto inclusivo, como a adaptação tecnológica e treinamento da equipe de recrutadores.

Contudo, ao utilizar as ferramentas corretas e capacitar a equipe, é possível promover a diversidade real em sua organização, acolhendo candidatos capacitados para as vagas disponíveis.

Tenha uma equipe plural e eficiente, contando com a plataforma ICOM para promover a inclusão digital de colaboradores surdos em sua organização.

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Especialista em Acessibilidade, ICOM

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