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Criar um onboarding inclusivo é um passo essencial para empresas comprometidas com a diversidade e a equidade no ambiente de trabalho. Quando o processo de integração é planejado considerando as necessidades de colaboradores surdos, a organização demonstra não apenas sensibilidade social, como também a preocupação com o clima no ambiente de trabalho.

De acordo com a LBI (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência), a inclusão está legalmente assegurada. Contudo, na prática o onboarding é uma das etapas essenciais para que essa inclusão ocorra de fato.

Neste artigo, abordaremos como estruturar um onboarding inclusivo, com práticas acessíveis, tecnologias de apoio e orientações para líderes e RHs que desejam promover uma cultura verdadeiramente inclusiva do acolhimento inicial à adaptação contínua.

O que é o processo de onboarding?

O processo de onboarding é o conjunto de ações e estratégias utilizadas por uma empresa para integrar novos colaboradores à sua cultura organizacional, equipe e funções.

Em outras palavras, é o acolhimento estruturado que ocorre nos primeiros dias (ou semanas de trabalho) de um novo funcionário dentro da empresa e que tem como objetivo facilitar sua adaptação, engajamento e produtividade. Para tal, o processo deve:

Com um bom processo de onboarding a empresa consegue reduzir a curva de aprendizado, facilitando a adaptação do profissional ao novo cotidiano de trabalho. Ao mesmo tempo, consegue reduzir a rotatividade de funcionários por facilitar a adaptação inicial.

Quando falamos em onboarding inclusivo, é preciso também garantir acessibilidade e equidade de participação, adaptando os recursos e dinâmicas para que o novo colaborador verdadeiramente possa realmente se integrar a equipe.

Conte com a plataforma ICOM para implementar a Lei de Cotas na prática em sua empresa e impulsionar a diversidade em sua equipe.

Como criar uma jornada de onboarding inclusiva?

Estruturamos um passo a passo com foco em boas práticas para acolher colaboradores surdos e outros profissionais com deficiência seguindo princípios de diversidade, acessibilidade e empatia. Entenda a seguir como implementar em sua organização:

Passo 1 – Diagnóstico e preparação da empresa

Antes de receber um novo colaborador, o RH deve avaliar quais são as barreiras de comunicação e acessibilidade existentes no processo atual de integração. Para tal, é preciso consultar a pessoa surda que foi contratada, para entender suas necessidades e preferências de comunicação.

Afinal, um profissional pode ser capaz de ler os lábios dos colegas para se comunicar, enquanto outro pode não ter a mesma habilidade. Ao compreender a dinâmica de cada pessoa que está sendo integrada, o RH poderá se preparar da melhor forma.

É possível, por exemplo, verificar a disponibilidade de intérpretes de Libras ou ferramentas de apoio que vão contribuir para que os colaboradores surdos sejam realmente integrados à equipe.

Passo 2 – Planejamento do onboarding

Com base no diagnóstico feito, a equipe de RH deverá começar a planejar o onboarding inclusivo. Para tal, é necessário ter um cronograma flexível com atividades adaptadas. Além disso, o material usado na integração deve ser traduzido para Libras ou usar legendas.

A equipe pode utilizar apresentações visuais e dinâmicas interativas, com o intuito de acompanhar o profissional durante sua integração sem que a surdez seja um fator de limitação.

Quando há um vídeo institucional apresentando a história da empresa, por exemplo, é preciso ter uma janela com intérprete de Libras ou legendas.

Passo 3 – Comunicação acessível

Para que o colaborador se sinta verdadeiramente acolhido, é indispensável utilizar linguagem clara e objetiva em todos os materiais de boas-vindas.

Sempre utilize e-mails e comunicados com apoio visual, como ícones ou fluxogramas para garantir o entendimento do conteúdo.

Além disso, garanta a participação de intérpretes de Libras em reuniões de integração, visando que a comunicação seja acessível como determina a LBI.

Passo 4 – Ambientação e acolhimento humano

Durante o processo de integração, é preciso apresentar o novo colaborador à equipe de forma inclusiva, explicando para todos quais são as práticas de convivência e comunicação com colaboradores surdos.

Para tal, é importante promover a sensibilização da equipe sobre diversidade e acessibilidade. Além disso, é necessário promover um ambiente no qual o profissional se sinta à vontade para expressar suas reais necessidades.

Além disso, ensinando sinais básicos em Libras para a sua equipe é possível facilitar a comunicação diária da equipe, por exemplo.

Passo 5 – Capacitação e suporte contínuo

É indispensável que a equipe toda seja treinada, para que a convivência seja respeitosa e os colegas consigam verdadeiramente interagir.

Além disso, garanta que os líderes e colegas que dividem espaço estejam preparados para interagir com o novo colaborador da equipe.

A empresa também deve manter um canal de feedback acessível, permitindo ajustes constantes no processo de integração.

Passo 6 – Avaliação e melhoria contínua

É importante que a equipe faça avaliações a cada 30, 60 ou 90 dias, observando como está a experiência do novo colaborador e também da equipe como um todo.

Para tal, é válido solicitar feedbacks de todos, com o intuito de aperfeiçoar o programa de integração e fortalecer a integração.

Por meio da melhoria contínua é possível garantir uma boa experiência para o colaborador que acaba de ingressar na empresa e também para os colegas que convivem com esse novo funcionário.

Quais são os 4 C’s do onboarding?

Para guiar a estruturação de seu onboarding, é importante conhecer os 4 C’s que são um modelo de referência internacional para estruturar o processo de integração de novos colaboradores, criado pela Society for Human Resource Management (SHRM). Entenda:

Portanto, um onboarding inclusivo deve estar apoiado nos 4 C’s, sem ignorar a relevância de nenhum deles. Afinal, prezar pela conformidade e conexão sem o esclarecimento, por exemplo, poderá resultar em falhas que trarão prejuízo no longo prazo.

Quais são os principais tipos de onboarding?

Existem diferentes tipos de onboarding que variam principalmente em relação à função principal da integração. Entenda mais detalhes a seguir, para que compreenda qual é o foco que será adotado em sua organização:

Tipo 1 – Onboarding presencial

Realizado fisicamente no local de trabalho, com interações entre o recém-contratado e o profissional que está apresentando a empresa, com tours pelo escritório e treinamentos para que comece a executar as atividades pertinentes.

Esse modelo costuma ser o principal adotado pelas empresas, visando que o profissional possa começar a desempenhar suas funções na organização o quanto antes.

Tipo 2 – Onboarding digital

Adaptado para funcionários que trabalham remotamente ou em modelos híbridos, é uma versão de integração que utiliza plataformas digitais, videochamadas e softwares de gestão para centralizar tarefas, documentos e treinamentos. 

Dessa forma, a equipe presta suporte para que o profissional comece a desempenhar suas funções, conhecendo todos os sistemas utilizados pela empresa. Também costumam ser apresentados os canais de suporte para que o colaborador tenha auxílio caso tenha alguma dificuldade em sua rotina de trabalho.

Tipo 3 – Onboarding cultural

O objetivo nesse caso é apresentar os valores, a missão, a visão e as normas sociais não ditas da organização, ajudando o novo membro a entender o ambiente de trabalho e a se adaptar à cultura.

De modo que, a apresentação contribua para um alinhamento comportamental, evitando que a conduta do novo colaborador destoe da equipe como um todo.

Tipo 4 – Onboarding funcional

Esse tipo de onboarding tem como foco ensinar o colaborador a desempenhar suas funções específicas, apresentando ferramentas, fluxos de trabalho e responsabilidades do cargo que irá ocupar.

Aspecto que é fundamental para evitar problemas no fluxo de trabalho. Afinal, se o profissional tem clareza sobre as atividades diárias que precisa executar, é natural que tenha uma curva de aprendizado otimizada, alcançando boa produtividade desde os primeiros dias de trabalho.

Quais são os desafios do onboarding para pessoas surdas?

Conduzir um onboarding para pessoas surdas requer adaptação da equipe responsável que precisa estar apta para lidar com as questões de comunicação e outros desafios dessa integração, compreenda:

1.      Barreira de comunicação

Sem dúvidas, a maior barreira a ser vencida na integração do novo colega é a falta de acessibilidade comunicacional. Ter intérprete de libras, materiais com legenda e linguagem clara faz toda a diferença para que o colaborador se sinta verdadeiramente incluído.

2.      Falta de sensibilização da equipe

Muitos colegas e líderes não sabem como se comunicar com uma pessoa surda, o que pode gerar isolamento e constrangimentos no ambiente de trabalho. Por isso, vale a pena investir em treinamento prévio, com o intuito de evitar situações difíceis de lidar.

3.      Falta de acessibilidade dos materiais e treinamentos da empresa

É indispensável que a empresa prepare os materiais de integração como vídeos, apresentações e manuais com recursos visuais e tradução em Libras, visando garantir o entendimento e o aprendizado do novo colaborador.

4.      Dificuldade de oferecer acompanhamento individualizado

Sem acompanhamento adequado, o colaborador surdo pode se sentir perdido ou excluído das interações e dinâmicas de grupo. Para driblar essa situação é importante nomear um colega que será referência para o profissional que está sendo treinado.

5.      Cultura organizacional pouco inclusiva

Quando a empresa não valoriza a diversidade de forma prática, o onboarding se torna apenas uma formalidade. A pessoa surda pode perceber falta de abertura, empatia e representatividade. Por isso, é importante definir a acessibilidade como parte central da cultura corporativa, visando evitar essa exclusão.

Conclusão

O onboarding inclusivo é um passo essencial para integrar o colaborador surdo à equipe, o que faz com que seja um processo estratégico e vital para evitar a rotatividade de talentos na organização.

Aplicando técnicas simples e preparando os profissionais para executá-lo é possível ter ganho de eficiência e proporcionar a verdadeira integração entre colaboradores da empresa.

Conte com a plataforma ICOM para promover a inclusão real de colaboradores surdos em sua empresa e tenha os melhores resultados com sua equipe diversa.

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Especialista em Acessibilidade, ICOM

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