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O desenvolvimento de colaboradores surdos é um pilar fundamental para que a empresa seja verdadeiramente inclusiva. Afinal, apenas disponibilizar vagas nos menores cargos hierárquicos da empresa sem a possibilidade de ascensão profissional não é incluir verdadeiramente.

Conforme previsto na Lei Brasileira de Inclusão (LBI), a empresa precisa adotar ferramentas, plataformas, recursos e serviços que garantam a autonomia do profissional PCD para executar suas atividades.

Além de disponibilizar as ferramentas adequadas, é fundamental que o colaborador tenha acesso a um plano de carreira, treinamentos e boas condições de trabalho para que possa ter anos de sucesso na empresa. Neste artigo abordaremos o que é desenvolvimento inclusivo, qual a sua importância e como promovê-lo na empresa.

O que é desenvolvimento inclusivo?

O desenvolvimento inclusivo de colaboradores surdos é um conjunto de estratégias, práticas e políticas organizacionais voltadas a garantir que profissionais surdos tenham igualdade de oportunidades de crescimento, capacitação e participação dentro do ambiente de trabalho.

Em termos práticos, trata-se de promover não apenas a contratação, mas também a permanência e o avanço profissional desses colaboradores por meio de ações que considerem suas necessidades específicas de comunicação, aprendizagem e interação.

Uma empresa que investe no treinamento de seus colaboradores, por exemplo, precisa que esse treinamento seja inclusivo para que o profissional surdo possa continuar avançando em sua carreira.

Garantindo a acessibilidade comunicacional, capacitação dos gestores e adaptação dos programas de treinamento é possível construir uma cultura organizacional realmente inclusiva, que permite que o colaborador tenha uma longa jornada de ascensão dentro da organização.

Qual a importância de investir no desenvolvimento de colaboradores surdos?

Investir no desenvolvimento de colaboradores surdos vai muito além de uma estratégia de inclusão. Na prática, é um investimento que promove benefícios para as duas partes.

O colaborador terá a oportunidade de ascender profissionalmente, aprendendo novas habilidades e alcançando cargos mais elevados na hierarquia da organização. Enquanto a empresa se beneficia do investimento em inovação, produtividade e diversidade organizacional.

Afinal, quando diferentes perfis de colaboradores convivem harmonicamente, é natural que a empresa tenha um ambiente inovador, graças às múltiplas visões de mundo que cada profissional possui e utiliza para contribuir para o desenvolvimento de projetos alinhados com os objetivos da marca.

Ao investir no desenvolvimento de colaboradores surdos a empresa também tem como resultado positivo o aumento do engajamento de cada profissional. Uma vez que a organização está sinalizando que é verdadeiramente inclusiva e dá oportunidades baseadas na meritocracia.

Muito mais que contratar profissionais de diferentes perfis visando seguir o que preconiza a Lei de Cotas, a organização está investindo em minimizar o turnover, ao possibilitar que o profissional progrida de acordo com o plano de carreira disponível.

Descubra como a Lei de Cotas pode impulsionar sua empresa, conheça a plataforma ICOM e transforme a interação com profissionais surdos em sua equipe.

Como promover o desenvolvimento inclusivo de colaboradores surdos?

Promover o desenvolvimento inclusivo de colaboradores surdos vai muito além de disponibilizar treinamentos adaptados, entenda a seguir práticas de gestão, comunicação e cultura organizacional alinhadas ao objetivo:

Dica 1 – Garanta acessibilidade na comunicação

Disponibilize intérpretes de Libras em treinamentos, reuniões e eventos corporativos para que o colaborador possa participar ativamente de todos os momentos.

Além disso, os documentos internos precisam ser redigidos com textos claros, bem como, os materiais audiovisuais precisam ter tradução para Libras. O uso de legendas automáticas em materiais EAD é recomendado para promover a inclusão verdadeira.

Dica 2 – Adapte os programas de capacitação e treinamentos

Adote uma linguagem simples em todos os treinamentos, evitando jargões técnicos. Além disso, planeje para que o material seja bilíngue, usando português e Libras sempre que possível.

Outro cuidado fundamental é considerar o ritmo de aprendizagem individual, garantindo que os profissionais possam absorver o conteúdo. Usando as mentorias e tutorias inclusivas, é possível conectar colaboradores e apoiar o desenvolvimento das habilidades desejadas.

Dica 3 – Sensibilize e capacite toda a equipe

Toda a equipe precisa ser verdadeiramente inclusiva para que o ambiente de trabalho seja agradável. Para tal, é recomendado realizar campanhas internas de conscientização sobre a cultura surda e o respeito à diversidade.

Outro cuidado relevante é disponibilizar treinamentos básicos em Libras para líderes e colegas de equipe, visando uma comunicação diária facilitada. Ao fornecer um manual de boas práticas de inclusão por meio de treinamentos, toda a equipe é beneficiada e se torna mais inclusiva.

Dica 4 – Adapte os processos de gestão e avaliação de desempenho

A forma como o feedback e a comunicação gerencial se dá impacta diretamente na experiência do profissional. O que faz com que seja importante ter indicadores precisos, visando reconhecer o progresso e a contribuição individual de cada colaborador surdo.

Acompanhando os profissionais de perto e oferecendo feedback contínuo é possível garantir que os colaboradores se sintam seguros com a avaliação e possam manter o engajamento desejado pela empresa.

Dica 5 – Crie um ambiente físico e digital inclusivo

Assegure que toda a empresa é verdadeiramente inclusiva: seja no ambiente presencial com sinalizações claras ou no ambiente digital que disponibiliza softwares compatíveis com as necessidades de cada colaborador.

Quando a empresa tem canais de comunicação inclusivos como chats internos com suporte em Libras ou mensagens acessíveis, é possível estabelecer vínculos entre o colaborador surdo e os demais colegas.

Dica 6 – Fortaleça a cultura organizacional inclusiva

É importante valorizar as histórias e as conquistas dos colaboradores surdos, estimulando uma liderança que é inclusiva e bem treinada para lidar com a diversidade da equipe com empatia e eficácia.

Reconhecendo a inclusão como um valor estratégico da empresa e não apenas como uma obrigação legal, é natural que toda a empresa seja positivamente impactada pela conduta adotada.

Dica 7 – Aperfeiçoe os processos internos continuamente

É interessante realizar pesquisas internas de satisfação e acessibilidade para o público surdo, com o objetivo de identificar se as medidas adotadas pela empresa são eficientes conforme o esperado.

Com base nos feedbacks de sua equipe é possível aperfeiçoar continuamente os processos internos, com o intuito de garantir que a empresa seja verdadeiramente inclusiva.

Quais são os 4 pilares da educação inclusiva?

A educação inclusiva é fundamental para o desenvolvimento de colaboradores surdos. Afinal, é por meio da educação que os profissionais são treinados para que possam evoluir na organização, conheça a seguir os pilares que devem ser aplicados na educação inclusiva em sua organização:

1.      Aprender a conhecer

Na educação inclusiva, aprender a conhecer significa adaptar métodos e recursos pedagógicos para garantir que todos os alunos com ou sem deficiência tenham acesso ao conhecimento de forma significativa.

2.      Aprender a conviver

Trata-se da capacidade de viver com os outros, respeitar as diferenças e cooperar de forma solidária. Na perspectiva inclusiva, esse pilar é essencial para construir ambientes escolares acolhedores, onde a diversidade é vista como uma riqueza, e não como um obstáculo.

3.      Aprender a fazer

Significa oferecer oportunidades para que todos os estudantes desenvolvam habilidades práticas e profissionais, respeitando suas particularidades e potenciais. Implica criar atividades acessíveis, colaborativas e contextualizadas, em que cada profissional possa aprender um com o outro.

4.      Aprender a ser

Na educação inclusiva, aprender a ser significa formar indivíduos autônomos, conscientes de seus direitos e do valor da diversidade humana. Estimula o autoconhecimento, a autoestima e o reconhecimento da própria identidade, fundamentais para uma participação ativa na organização.

Qual é o papel da liderança no desenvolvimento inclusivo?

O papel da liderança é central e extremamente importante para tornar a inclusão uma prática real no cotidiano da organização. Afinal, é o líder que define e sustenta a cultura inclusiva, estabelecendo os valores, comportamentos e políticas que favorecem a diversidade na empresa.

Além disso, é papel da liderança garantir que a informação circule em todos os setores de forma acessível, para que os colaboradores possam participar de reuniões, treinamentos, recebam feedbacks e possam ser parte da equipe verdadeiramente.

O líder também atua desenvolvendo e valorizando os talentos, ao identificar o papel de cada colega da equipe e promover oportunidades de desenvolvimento de suas habilidades personalizando os treinamentos.

Com uma atuação empática e verdadeiramente inclusiva, o líder consegue eliminar preconceitos e atuar como um agente de mudança na empresa, evitando que ocorram comportamentos excludentes.

Portanto a liderança é, sem dúvidas, crucial para que a inclusão seja colocada em prática como parte da estratégia da empresa.

Como medir o sucesso das ações de desenvolvimento inclusivo?

Para medir o sucesso das ações de desenvolvimento inclusivo na empresa é preciso fazer uma análise detalhada e acompanhar indicadores inclusivos, entenda mais detalhes a seguir:

1.      Estabeleça indicadores de desempenho para monitorar

Defina metas claras e mensuráveis para que possa identificar quais indicadores (KPIs) serão avaliados continuamente, como a taxa de contratação e retenção de colaboradores com deficiência, participação em programas de desenvolvimento, número de líderes capacitados em diversidade e dados sobre acessibilidade física e digital.

Acompanhando indicadores de forma precisa é possível perceber na prática como as ações estratégicas da empresa impactam nos números, visando observar se o retorno se dá conforme o esperado.

2.      Realize pesquisas internas

Com pesquisas que respeitam o anonimato de quem responde, é possível entender como os colaboradores percebem os treinamentos e o ambiente organizacional. Dessa forma, os gestores acessam dados valiosos.

É importante saber se a equipe se sente ouvida, respeitada e valorizada, independentemente das diferenças entre os colaboradores. Sabendo como está o clima e garantindo anonimato é possível medir o nível de pertencimento e confiança dentro da equipe.

3.      Avalie a eficácia dos treinamentos

Conduzindo avaliações pré e pós-treinamento é possível medir o ganho de conhecimento promovido pelos cursos oferecidos na organização.

Além disso, é útil recorrer a observação comportamental de líderes e equipes, visando observar se houve mudança benéfica em relação a atitudes e clima organizacional. Bem como, identifique por meio de feedbacks qualitativos qual é a opinião dos profissionais que participaram do treinamento.

4.      Monitore o progresso da carreira

É necessário que os líderes e RH estejam atentos ao ritmo de progressão de carreira dos colaboradores. Se dois profissionais são contratados para repositor na empresa, sendo um surdo e o outro não e só o ouvinte progride para líder de reposição, a organização tem um problema.

Afinal, fica nítido que há uma barreira que impede a progressão na carreira. O que revela a necessidade de avaliar qual é essa barreira, com o intuito de evitar que os profissionais com deficiência tenham dificuldade de progredir na organização.

5.      Faça a coleta de feedback de forma contínua

Crie canais permanentes de escuta, como comitês de diversidade, rodas de conversa ou fóruns internos.

Esses espaços permitem ajustes constantes nas ações e fortalecem o compromisso da liderança com o desenvolvimento da equipe.

É importante que esses feedbacks possam ser dados de forma transparente e sem que o profissional tema represálias, justamente para que sirva como um indicador valioso para a tomada de decisões sobre o desenvolvimento da equipe.

Conclusão

O desenvolvimento de colaboradores surdos garante que a empresa seja verdadeiramente inclusiva, eliminando barreiras de ascensão na organização. O que é relevante para reduzir o turnover e proporcionar uma equipe diversa com representatividade em todos os cargos hierárquicos.

Conte com a plataforma ICOM para promover a verdadeira inclusão de colaboradores surdos, recorrendo ao uso de tecnologia assistiva para que os profissionais possam se comunicar e interagir em treinamentos, palestras e eventos da organização.

Promover a inclusão na empresa vai muito além de efetuar a contratação de profissionais com deficiência e beneficia tanto o colaborador quanto a organização.

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Especialista em Acessibilidade, ICOM

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