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Garantir acessibilidade comunicacional não é apenas uma boa prática — é uma exigência legal prevista na Lei Brasileira de Inclusão (LBI – Lei nº 13.146/2015). Quando líderes e gestores de RH buscam entender o que a LBI exige sobre Libras nos serviços, eles abordam um dos pilares desse marco legal: o direito da pessoa surda ou com deficiência auditiva de acessar informações e serviços de forma plena, sem barreiras.

Para profissionais e instituições que lidam com atendimento ao público, compreender essas exigências é fundamental para oferecer uma experiência inclusiva, cumprir a legislação e fortalecer a credibilidade organizacional.

Diante disso, exploraremos de forma clara e embasada quais dispositivos da LBI tratam especificamente da Língua Brasileira de Sinais (Libras), quais serviços são obrigados a oferecer recursos de acessibilidade, e como empresas e órgãos públicos podem se adaptar de maneira prática e responsável.

O que a LBI garante no quesito atendimento especializado?

A Lei Brasileira de Inclusão estabelece garantias claras para assegurar atendimento especializado, acessível e sem barreiras às pessoas com deficiência. Para o público surdo, isso se traduz na necessidade de atendimento prioritário, com recursos de tecnologias assistivas e realizado por profissional capacitado em Libras.

Para as empresas, isso torna o uso de tecnologias assistivas e o treinamento de colaboradores em Libras não uma opção de compliance social, mas uma obrigação legal para prestarem o atendimento de forma plena.

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O que diz o artigo 42 da Lei brasileira de Inclusão?

O artigo 42 da Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) trata do atendimento prioritário e das condições de acessibilidade na comunicação para pessoas com deficiência. Embora o artigo 42 não trate exclusivamente de Libras, ele estabelece a obrigação geral de assegurar meios adequados de comunicação, o que inclui a Língua Brasileira de Sinais.

De acordo com o artigo 42 e seus desdobramentos na LBI, estabelecimentos privados que prestam serviços de interesse público como é o caso de bancos, hospitais, planos de saúde, transportes, instituições de ensino, redes de atendimento ao consumidor, empresas de utilidade pública, entre outros precisam obrigatoriamente promover atendimento acessível.

Por isso, a empresa deve disponibilizar recursos como Libras, legendas e outros métodos de interação que permitam a compreensão plena. Oferecendo atendimento adequado às necessidades da pessoa surda, seja por meio do intérprete de Libras ou tecnologias assistivas.

O objetivo é que a pessoa com deficiência auditiva não seja impedida de acessar informações ou concluir um atendimento por falta de acessibilidade. O que exclui uma parcela significativa da população que tem perda auditiva e faz parte da comunidade surda.

Quais tipos de serviços precisam cumprir as exigências da LBI sobre Libras?

De acordo com a legislação e seus regulamentos, todo serviço que atende ao público tem o dever de garantir acessibilidade comunicacional, o que invariavelmente inclui o uso de Libras sempre que necessário.

Serviços públicos

Órgãos e instituições públicas têm obrigação constitucional e legal de garantir comunicação acessível, o que inclui Libras, intérpretes de Libras, legendas, recursos visuais e tecnologias assistivas. O que demanda que delegacias, hospitais, postos de atendimento ao cidadão e serviços públicos presenciais e digitais em geral cumpram a exigência da LBI.

Portanto, a administração pública deve capacitar servidores e disponibilizar meios que garantam compreensão plena durante o atendimento em todos os tipos de serviços públicos oferecidos.

Serviços privados de relevância pública

A LBI também impõe obrigações de acessibilidade comunicacional, incluindo Libras, a serviços privados que desempenham funções de interesse coletivo, essenciais para a cidadania e o cotidiano como é o caso de hospitais, clínicas, laboratórios, escolas, bancos e estabelecimentos comerciais de grande circulação.

O mesmo é válido para concessionárias de energia, água, telecomunicações e serviços essenciais, planos de saúde e centrais de atendimento SAC de empresas. Esses serviços devem garantir que a pessoa surda consiga entender informações, protocolos, contratos, orientações e todo o atendimento sem barreiras comunicacionais.

Eventos e apresentações públicas

A legislação também abrange ambientes culturais, educacionais e de entretenimento, exigindo acessibilidade em apresentações, conteúdos e informações ao público. Por isso, shows, palestras, exposições e eventos esportivos precisam da atuação de intérpretes de Libras.

Promotores e organizadores devem incorporar Libras ou outros recursos de acessibilidade conforme a necessidade do público especialmente quando o evento é aberto, gratuito ou financiado com recursos públicos.

Como as empresas podem se adaptar às exigências da LBI sobre Libras?

A LBI reforça que a comunicação acessível é um direito essencial. Para cumprir a legislação e garantir inclusão real, empresas especialmente aquelas que prestam serviços de relevância pública precisam adotar medidas estruturais e práticas que permitam o atendimento adequado às pessoas surdas. Entre as principais estratégias, destacam-se:

Contratação de intérpretes de Libras

É a forma mais direta de assegurar atendimento pleno. A empresa pode:

Capacitação da equipe para comunicação básica em Libras

Embora o intérprete seja a solução para a comunicação complexa, é vital que os colaboradores saibam se comunicar de forma básica em Libras. Esta capacitação:

Uso de tecnologias acessíveis

As tecnologias assistivas são aliadas estratégicas para otimizar o atendimento. As empresas podem implementar:

Esses recursos ampliam a autonomia do usuário surdo e tornam o atendimento mais ágil e eficiente.

Adequação de canais digitais

Os meios de atendimento digitais também devem ser acessíveis (LBI). As ações incluem:

Quais são as penalidades para quem não cumpre a LBI sobre Libras nos serviços?

Quando as empresas não cumprem a LBI, a legislação prevê penalidades sérias. O descumprimento pode gerar responsabilização administrativa, civil e penal. Abaixo estão as principais consequências:

Como avaliar se um serviço está seguindo corretamente as exigências da LBI sobre Libras?

Para que possa evitar problemas em seu negócio, é importante avaliar se um serviço está seguindo corretamente as exigências da LBI, confira o que analisar:

1.      Verifique se há recursos de comunicação em Libras disponíveis

Um serviço acessível deve oferecer meios claros e funcionais para comunicação com pessoas surdas. Isso inclui:

2.      Avalie a capacitação da equipe

É indispensável que a equipe não apenas saiba Libras, mas que esteja preparada para lidar com a diversidade comunicacional.

3.      Observe se os canais digitais têm acessibilidade

Os canais digitais são a porta de entrada para muitos serviços:

4.      Avalie se o atendimento funciona na prática

Não basta ter a tecnologia, é preciso que ela funcione.

5.      Busque feedback da comunidade surda

A experiência real dos usuários é o indicador mais confiável de um serviço realmente inclusivo.

Conclusão

Um serviço cumpre corretamente a LBI quando consegue garantir comunicação plena e autônoma à pessoa surda. Por isso, é essencial observar recursos, equipe, canais digitais, prática do atendimento e o reconhecimento da própria comunidade em relação ao seu negócio.

Conte com a plataforma ICOM para promover a inclusão real para colaboradores surdos e também para ter intérpretes atuando digitalmente para promover a comunicação com pessoas que utilizam Libras como principal método de comunicação.

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Especialista em Acessibilidade, ICOM

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