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Desenhar um mapa de riscos de acessibilidade é importante para evitar acidentes e promover um ambiente seguro para a equipe e para os clientes que circulam diariamente no ambiente. Estabelecer um mapa eficaz se mostra uma ferramenta estratégica indispensável para organizações públicas e privadas.

Com base em experiência técnica e respaldo normativo, esta abordagem permite identificar, classificar e mitigar vulnerabilidades que comprometem a acessibilidade em edificações e espaços urbanos.

Todos os imóveis no Brasil precisam respeitar o que rege a Lei nº 10.098/2000, conhecida como Lei de Acessibilidade que determina normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. E o mapa de risco é justamente uma ferramenta útil para promover a acessibilidade com segurança. Compreenda mais detalhes a seguir.

O que é um mapa de riscos de acessibilidade?

O mapa de riscos de acessibilidade é uma ferramenta visual que sinaliza a localização, a intensidade e a natureza dos riscos presentes em um ambiente. Para tal, o documento é elaborado por um técnico em segurança, visando observar quais são os fatores críticos no imóvel.

Uma loja que tem escada sem corrimão, por exemplo, tem um risco alto de que um cliente com mobilidade reduzida caia durante as compras e sofra um acidente que pode ser grave.

Todavia, muitos riscos ambientais não são passíveis de correção como a simples instalação de um corrimão. O que faz com que seja fundamental conhecer os riscos ambientais e mitigá-los.

De modo que, a equipe que trabalha diariamente no estabelecimento esteja resguardada, assim como os clientes. Afinal, conhecendo os riscos de um estabelecimento é possível prevenir acidentes com maior eficiência.

O mapa de risco de acessibilidade é um documento diferente do mapa de risco orientado pela NR-5 que aborda os riscos gerais de uma estrutura. Contudo, muitos dos riscos de acessibilidade são descritos no mapa de risco feito pelo técnico em segurança do trabalho.

Uma vez que o mapa de riscos ambientais que é regido pela NR-5 inclui os diferentes tipos de riscos como os físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Por isso, se o imóvel usa pisos escorregadios, por exemplo, o técnico irá sinalizar em seu documento. Portanto, são dados diferentes, mas que se relacionam e que contribuem para a construção de um ambiente mais seguro para todos.

Tendo em vista que os riscos de acessibilidade geram riscos de acidentes, o que faz com que um mapa de riscos de acessibilidade tenha muitas informações que já foram descritas no mapa de riscos da empresa como um todo.

Por que é importante elaborar um mapa de riscos de acessibilidade?

Um mapa de riscos de acessibilidade é um documento que auxilia a garantir que a empresa seja verdadeiramente acessível, tanto em seu ambiente físico quanto digital. Afinal, é possível submeter o site ou aplicativo à avaliação, com o intuito de promover ferramentas mais acessíveis para pessoas cegas, surdas e com outras limitações.

Ao elaborar o documento e visualizar quais são os pontos críticos de seu negócio, que podem gerar acidentes ou exclusão, é possível adotar medidas concretas de aperfeiçoamento. O que contribuirá para que a empresa se torne um ambiente verdadeiramente inclusivo.

Além disso, elaborando o documento a empresa consegue usufruir de uma série de benefícios, como:

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Quais são os 4 níveis de risco?

É importante perceber que o mapa irá identificar diferentes graus de risco, o que dá para os gestores a oportunidade de corrigir problemas mais graves, por visualizar o que tem cunho emergencial. Compreenda os diferentes graus apresentados:

Grau 1 – Risco muito baixo

Refere-se a situações que não comprometem a acessibilidade de forma significativa e que não causam prejuízo direto à segurança ou à autonomia das pessoas com deficiência. São ajustes complementares, que podem ser corrigidos gradualmente.

Uma falha na padronização do piso tátil, um texto que é acessível, mas que não tem a leitura fluida por usar linguajar técnico são alguns exemplos de áreas que demandam melhorias, mas sem urgência.

Grau 2 – Risco baixo

O grau dois representa as barreiras que impactam parcialmente a acessibilidade, mas ainda permitem o uso do sistema ou espaço com algum nível de adaptação, por não representarem perigo imediato.

As condições sinalizadas como grau dois podem gerar desconforto ou exclusão sutil, como o caso de banheiros acessíveis, mas com área de manobra ligeiramente reduzida, que dificultam a independência de um cadeirante. O que requer que a gestão insira esse risco no plano de adequação, para uma correção mais rápida.

Grau 3 – Risco médio

No risco médio, as barreiras comprometem a autonomia e segurança do usuário, podendo causar sua exclusão direta. São casos que requerem planejamento para correção rápida, visando manter a empresa em conformidade com as normas regulamentadoras.

Como é o caso de uma rampa que tenha inclinação além do permitido, falta de rota acessível entre os setores ou vídeos institucionais sem legendas, por exemplo. O que demanda a correção com urgência programada.

Grau 4 – Risco alto ou muito alto

No caso de grau 4 de risco, foi identificada uma situação grave de comprometimento da acessibilidade e da segurança, o que configura que a empresa não está em conformidade legal e ética. Por isso, é um risco que requer intervenção imediata.

Afinal, a situação pode gerar acidentes, exclusão severa ou até sanções legais, como ambientes que inviabilizam a saída de pessoas com deficiência em caso de emergências.

Quais são os 4 tipos de risco?

Além de classificar os diferentes níveis de gravidade, o mapa também identifica os riscos conforme o tipo de barreira que é identificada. Dessa forma, é possível orientar um plano de ação específico e definir as responsabilidades para garantir que a empresa esteja em conformidade legal, entenda os 4 principais tipos de riscos a seguir:

Tipo 1 – Risco arquitetônico e urbanístico

Trata-se de um risco relacionado às barreiras físicas presentes nos edifícios e espaços públicos, bem como mobiliários dos ambientes internos. São barreiras que são mais visíveis e muitas vezes são críticas por limitar a locomoção, segurança e autonomia.

Alguns exemplos são escadas sem rampas ou plataformas elevatórias, banheiros e portas fora das dimensões mínimas, calçada quebradas ou desniveladas e estacionamentos sem vagas acessíveis.

São riscos que comprometem a mobilidade e por isso, podem gerar a exclusão física imediata, o que levanta a necessidade de conduzir a correção prioritária para que a empresa seja verdadeiramente acessível.

Tipo 2 – Risco comunicacional

São as barreiras que impedem ou dificultam a comunicação, compreensão e acesso à informação para pessoas com deficiência auditiva, visual, intelectual ou múltipla. Por isso, é um risco que afeta principalmente instituições públicas e educacionais, onde a clareza da comunicação é essencial.

Essas barreiras ficam nítidas pela falta de intérprete de Libras ou legendas em vídeos institucionais, sinalização visual confusa, material informativo sem leitura acessível e ambientes ruidosos.

Tais barreiras reduzem a autonomia comunicação e limitam o direito à informação, o que requer que a empresa se adapte com rapidez para promover a inclusão.

Tipo 3 – Risco digital ou tecnológico

Engloba barreiras em sistemas, sites, aplicativos e plataformas digitais, que impedem o acesso equitativo às informações e serviços online. Toda empresa deve usar as Diretrizes de Acessibilidade Digital do Governo com o intuito de corrigir tais riscos.

O risco digital é representado por sites incompatíveis com leitores de tela, botões e menus inacessíveis via teclado, contraste inadequado, falta de descrição nas imagens e outras condições que impactam a usabilidade.

Os riscos digitais impedem a inclusão e o exercício pleno da cidadania online. Por isso, é preciso realizar auditorias de acessibilidade digital e aplicar testes com usuários reais para aperfeiçoar os processos.

Tipo 4 – Risco operacional ou de gestão

O risco operacional se refere à ausência de processos internos, políticas e capacitação que sustentam a acessibilidade de forma contínua. Mesmo com estruturas físicas e digitais adequadas, os problemas de gestão podem gerar riscos institucionais, principalmente em situações emergenciais.

Equipes não treinadas, falta de um plano de evacuação acessível em caso de emergência, ausência de comissões internas de acessibilidade e falhas de manutenção de equipamentos e sinalizações representam riscos operacionais.

O que impacta na sustentabilidade da acessibilidade. Por isso mesmo, é preciso implementar políticas internas, capacitar constantemente e gerar planos de contingência para corrigir os problemas.

Como elaborar um mapa de risco?

O processo de elaborar um mapa de risco requer que várias etapas sejam seguidas, para que o documento seja eficiente, contemplando todos os riscos que impactam a rotina da empresa, entenda:

Passo 1 – Identifique os espaços e sistemas que serão avaliados

O primeiro passo é definir o escopo do mapeamento, listando os ambientes, estruturas e plataformas que serão avaliados. Se a instituição é de médio ou grande porte, divida os espaços por setores para que possa facilitar a dinâmica.

Passo 2 – Faça uma vistoria técnica detalhada

Realize a análise presencial e técnica de cada área, observando a existência de barreiras arquitetônicas, comunicacionais, digitais ou operacionais. E caso seja possível, vale a pena testar o ambiente com usuários reais.

Passo 3 – Classifique os tipos de risco

Com base nas observações, classifique cada barreira de acordo com os quatro tipos de riscos, visando garantir que a separação facilite a organização das ações corretivas e o direcionamento dos recursos da empresa.

Passo 4 – Atribua o grau de risco

Para cada barreira identificada, é preciso determinar o grau de risco, visando garantir a priorização de urgência de correção. Afinal, os graus 3 e 4 precisam ser tratados como emergenciais com um plano imediato de adequação.

Passo 5 – Registre os dados em um mapa visual

Registre todas as informações em um mapa visual estruturado. É possível usar diferentes ferramentas para que construa um dashboard completo, que facilita a visualização das emergências que precisam ser corrigidas.

Passo 6 – Elabore o plano de ação corretiva

Com o mapa pronto, é hora de definir as ações e prazos para eliminar ou reduzir os riscos por meio de correções estruturais. Vale a pena incluir também indicadores de progresso, para que possa fazer as adequações necessárias em cada setor.

Passo 7 – Monitore e atualize periodicamente o documento

O mapa não é um documento estático, ele precisa ser atualizado sempre que ocorrem reformas, mudanças estruturais, revisões normativas ou até mudanças de mobiliário. Por isso, é recomendado fazer uma revisão anual com relatórios detalhados.

Conclusão

O mapa de riscos de acessibilidade é um documento vital para empresas, visando garantir que a estrutura seja verdadeiramente inclusiva. Todo negócio precisa estruturar o mapa, com o intuito de promover acessibilidade na organização.

Aproveite que agora já sabe mais sobre a importância do documento, com o intuito de garantir que sua empresa seja verdadeiramente inclusiva.

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Especialista em Acessibilidade, ICOM

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