Para comPara compreendermos por que a acessibilidade para surdos é essencial, é importante, antes de tudo, entender o que ela significa e qual é seu impacto na rotina de uma pessoa surda. Somente a partir desse entendimento é que conseguimos, de fato, reconhecer o papel fundamental que a acessibilidade desempenha na promoção da inclusão e da equidade.

Pensando nisso, preparamos este artigo com as informações necessárias para refletirmos juntos e desconstruirmos paradigmas equivocados. Nosso objetivo é promover uma compreensão verdadeira sobre a importância de garantir acessibilidade em todos os espaços da sociedade para que a comunidade surda possa ter sua própria autonomia.

Pronto? Então, vamos juntos nessa leitura!

O que é acessibilidade para surdos?

Acessibilidade para surdos se define como a viabilização da igualdade de oportunidades, o que significa garantir que pessoas surdas tenham os mesmos direitos de acesso à informação, à comunicação e aos serviços que qualquer outra pessoa na sociedade.

Isso envolve a disponibilização de recursos adequados e adaptados às suas necessidades, como intérpretes de Libras, legendas em vídeos, atendimento presencial e digital acessível, entre outras ferramentas.

A acessibilidade não se resume apenas à presença física ou estrutural em um ambiente, mas também à garantia de que a pessoa surda possa compreender e interagir com o mundo ao seu redor com autonomia, alcançando seus objetivos pessoais, profissionais e sociais.

Nesse contexto, acessibilidade para surdos significa eliminar as barreiras na comunicação, sejam elas linguísticas, tecnológicas ou atitudinais, que impedem a plena participação da pessoa surda em diferentes áreas da vida.

Isso inclui, por exemplo, o direito de estudar com professores que saibam Libras ou que utilizem recursos acessíveis, de ser atendida com qualidade em serviços de saúde e de exercer sua cidadania de forma plena, com acesso a informações públicas, culturais e políticas em sua língua.

A inclusão efetiva só acontece quando se compreende que a comunicação é um direito e que a acessibilidade é o caminho certo.

Qual a importância da acessibilidade para os surdos?

Acessibilidade para surdos possui o papel crucial de garantir a inserção de pessoas surdas na sociedade. Buscando sempre reduzir as desigualdades e promover inclusão em todos os aspectos, assegurando que todas as pessoas surdas e com deficiência auditiva tenham acesso aos mesmos espaços, oportunidades e experiências que qualquer outro cidadão.

Para que isso seja possível, é realizada análise nas barreiras enfrentadas pela pessoa surda em sua rotina diária, seja em sua vida pessoal, profissional e educacional.  A partir dessa análise são desenvolvidas tecnologias assistivas que auxiliam a pessoa surda a desempenhar suas atividades diárias, com intuito de sempre encorajar a indecência da pessoa surda.

Intérpretes de Libras é um ótimo exemplo de tecnologia assistiva. Empresas como o ICOM, disponibilizam sua plataforma de intérprete de Libras Online, para realizar a intermediação entre surdos e ouvintes em empresas públicas e privadas. Além dos intérpretes, existem diversas tecnologias assistivas que auxiliam a pessoa surda em seu dia a dia.

Quais são as mais importantes acessibilidades para surdos?

Para que a acessibilidade seja realmente efetiva, ela precisa estar presente em diferentes áreas da vida da pessoa surda, desde espaços públicos até atendimentos em serviços, ambientes escolares, locais de trabalho e em tantas outras situações do cotidiano. Não se trata apenas de oferecer recursos pontuais, mas de garantir uma inclusão plena e contínua.

Por isso, reunimos aqui as formas mais importantes de acessibilidade para surdos, fundamentais para promover a equidade, o respeito à diversidade e a participação ativa dessa comunidade na sociedade.

1. Libras – Língua Brasileira de Sinais

A Libras é a principal forma de comunicação da maioria das pessoas surdas no Brasil. Reconhecida por lei como meio legal de comunicação e expressão, sua presença em espaços públicos, escolas, serviços de saúde e atendimento ao público é fundamental para garantir compreensão e autonomia.

2. Intérprete de Libras

A presença de intérpretes em ambientes como escolas, universidades, eventos, repartições públicas e atendimentos de saúde é essencial. O intérprete atua como um mediador, garantindo que a pessoa surda compreenda e seja compreendida, com respeito à sua língua.

3. Legendas e transcrição de áudio

A oferta de legendas em vídeos, filmes, programas de TV, plataformas online e conteúdos educativos é uma ferramenta poderosa de acessibilidade. Além disso, a transcrição de áudios em materiais informativos ou plataformas digitais amplia o acesso à informação.

4. Atendimento acessível

Oferecer atendimento em Libras, seja presencialmente ou por meio de plataformas online (como aplicativos com intérpretes ou videochamadas)é uma forma de garantir o direito à comunicação. Isso se aplica a hospitais, bancos, serviços públicos, empresas privadas e instituições em geral.

5. Tecnologias assistivas

Aplicativos, softwares e ferramentas tecnológicas desenvolvidas para facilitar a comunicação, como tradutores automáticos de Libras, videochamadas com intérprete ou avatares em Libras, são recursos que ampliam a acessibilidade e autonomia da pessoa surda.

6. Educação bilíngue

A valorização da educação bilíngue (Libras como primeira língua e o português como segunda) é fundamental para o desenvolvimento educacional da criança surda. Ambientes escolares preparados com profissionais fluentes em Libras e materiais adaptados promovem a inclusão real.

7. Capacitação de profissionais

Ter profissionais capacitados para se comunicar com pessoas surdas ou que saibam pelo menos noções básicas de Libras, contribui para um atendimento mais humanizado, empático e eficiente em diversos setores da sociedade.

Como a acessibilidade comunicacional pode ser promovida para surdos?

A acessibilidade comunicacional consiste em garantir que a informação chegue de forma clara, compreensível e acessível, respeitando a forma como a pessoa surda se comunica majoritariamente por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Promover essa acessibilidade é um dever coletivo, que envolve poder público, instituições privadas, profissionais da educação, saúde, cultura e toda a sociedade. Por isso, reunimos algumas formas de pôr em prática a acessibilidade comunicacional:

  • Uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras): disponibilizar intérpretes de Libras em atendimentos, eventos, aulas, vídeos e outros contextos formais e informais;
  • Capacitação de profissionais: oferecer cursos e treinamentos em Libras para profissionais de áreas essenciais, como saúde, educação, atendimento ao público e segurança;
  • Legendas e transcrição de conteúdos: incluir legendas em vídeos, lives, aulas online, filmes e materiais audiovisuais. Transcrever áudios e podcasts sempre que possível;
  • Tecnologias assistivas: utilizar ferramentas como aplicativos de tradução simultânea, avatares em Libras, videochamadas com intérpretes e chats acessíveis;
  • Sinalização visual e informativa: implementar ícones, pictogramas, painéis, avisos visuais e informações escritas em locais públicos e privados;
  • Valorização da cultura surda: reconhecer e respeitar a Libras como primeira língua da comunidade surda, promovendo representatividade e inclusão cultural;
  • Políticas públicas e legislação: criar, fortalecer e fiscalizar leis que garantam a presença de recursos de acessibilidade comunicacional em serviços públicos e privados.

O que diz a Lei de acessibilidade para surdos?

No Brasil, a acessibilidade para pessoas surdas é garantida por um conjunto de leis que reconhecem seus direitos linguísticos, educacionais, culturais e comunicacionais. As principais normas que asseguram esses direitos são:

Lei nº 10.436/2002

Reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão das pessoas surdas no Brasil. Além disso, a legislação determina que o poder público e instituições disponibilizem a implementação da Libras em diferentes espaços sociais, como educação, saúde e atendimento ao público.

Decreto nº 5.626/2005

A Libras deve ser ensinada em cursos de formação de professores e em cursos de fonoaudiologia. Tornando obrigatória a presença de intérpretes de Libras em instituições de ensino e eventos promovidos pelo poder público.

Órgãos públicos devem garantir atendimento em Libras ou com recursos acessíveis às pessoas surdas. A educação bilíngue (Libras como primeira língua e português escrito como segunda) deve ser assegurada para alunos surdos.

Lei nº 13.146

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) tem como principal objetivo, promover a igualdade de condições para pessoas com deficiência. Dessa forma, a legislação estabelece que a acessibilidade precisa estar presente em diversos aspectos, sejam espaços e serviços físicos sejam digitais. Garantindo a participação de todos. A LBI inibe qualquer tipo de discriminação com base na deficiência, garantindo o respeito e dignidade a pessoa com deficiência.

Conclusão

A acessibilidade é uma peça-chave para a verdadeira inclusão da pessoa surda na sociedade. Mais do que inseri-la nos espaços sociais, é fundamental garantir suporte para que ela possa exercer suas atividades diárias com autonomia e dignidade. Por isso, a acessibilidade para surdos é tão vital.

Tornar ambientes inclusivos e diversos exige adaptação, principalmente no que diz respeito à comunicação. Garantir que a pessoa surda tenha autonomia no seu dia a dia de trabalho é um passo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

Pensando nisso, o ICOM desenvolveu uma plataforma de intérprete de Libras, oferecendo uma solução prática e eficaz para implementar acessibilidade em empresas, tanto do setor público quanto privado.

Quer saber como levar acessibilidade para sua empresa? Entre em contato com o nosso time!

Escrito por:
Camila Santos – Analista de Conteúdo


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